Nunca é demais lembrar que, nas décadas de 10 e 20 do
século passado, os primeiros jogadores negros lançavam mão de artifícios como
pintar o rosto com pó de arroz (daí as torcidas de alguns times como o
Fluminense terem o apelido de “pó de arroz”), ou mesmo esticar os cabelos
crespos com chapinha, como foi o caso do Friedenreich, considerado um dos
primeiros craques do futebol brasileiro, filho de mãe negra e pai alemão.
Praticado no início pelos filhos da aristocracia e imigrantes ingleses, só a partir de 1.923, com o campeonato conquistado pelo Vasco da Gama, com uma equipe que contrariava os padrões da época, o futebol começou a ser visto como esporte para os negros e pobres.
Praticado no início pelos filhos da aristocracia e imigrantes ingleses, só a partir de 1.923, com o campeonato conquistado pelo Vasco da Gama, com uma equipe que contrariava os padrões da época, o futebol começou a ser visto como esporte para os negros e pobres.
Entretanto foi o Bangu, outro clube carioca, fundado em
1904, que teve a primazia de abrir as portas para os jogadores negros, ao
lançar Francisco Carregal na sua equipe.
Pela ousadia, o mesmo Bangu foi
obrigado a afastar-se da Liga Metropolitana entre 1907 e 1909, em protesto à
defesa do apartheid no futebol, que era a posição da entidade. Uma nota
publicada no Jornal Gazeta de Notícias, do Rio, de 14 de maio de 1.907, não
deixa dúvidas: “Comunicamos-vos que o Diretório da Liga em sessão de hoje,
resolveu por unanimidade que não sejam registrados como atletas pessoas de
cor”.
Em 1939, o Ministério das Relações Exteriores recomendava
explicitamente a Confederação Brasileira de Futebol, que não convocasse para a
seleção jogadores negros.
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