Conversa Inicial!

"Caneca da Liberdade " é um blog destinado a área de História e a todos aqueles que amam a liberdade e o livre pensar!
Simbolicamente procuro homenagear dois homens que procuraram liberdade politica e economica para o Brasil:
Frei Caneca
, revolucionário e também professor. Um homem que os próprios carrascos recusaram a executar;
Cipriano Barata, baiano, formado em medicina, jornalista, professor e revolucionário.

Um homem que lutou em várias revoltas contra Portugal e que ousou discursar contra o dominio português no Brasil nas Cortes de Lisboa.

Caneca de conhecimentos que podem levar a liberdade! Divirtam-se!

quarta-feira, 20 de março de 2013

Você conhece a bandeira oficial da cidade de Salvador?



    Quando, nos últimos meses de 1948 e primeiros do ano seguinte, a Cidade do Salvador se preparava para comemorar o quarto centenário da sua fundação, não foram poucos os assuntos controversos referentes à história do evento, o que determinou pesquisas com grande proveito para a historiografia baiana.

    Entre eles, o da real configuração dos seus símbolos heráldicos.

    A verdade é que chegaram de comemorações e ainda se discutia a real posição da figura central e a cor dos campos do brasão e da bandeira da Cidade.

    Foi quando, em pleno Primeiro Congressode História da Bahia, Hermann Neeser apresentou tese não só discutindo todos os precedentes do assunto, como propondo as soluções mais acertadas diante dos elementos de História e Iconografia disponíveis.

    O assunto, largamente discutido, permaneceu em verdade sem solução definitiva; até porque este era o argumento usado – o congresso tinha ação acadêmica enquanto que a adoção formal dos símbolos era matéria de legislação da Câmara de Vereadores.

    O assunto assim ficou até quando, anos mais tarde, o vereador Luiz Menezes da Costa, historiador e participante do Congresso apresentou projeto oficializando a proposta “Neeser” – do heraldista baiano e membro do Instituto Genealógico da Bahia, Carlos Hermann Neeser – fazendo incorporar na sua proposta o texto da tese apresentada no Congresso.

   O projeto do vereador Luiz Menezes da Costa foi votado e aprovado em Plenário, tornando-se a lei nº 1495 sancionada em 1966 pelo então Prefeito Virgildásio de Senna.

   Mas, apesar de já haver uma disposição legal sobre a bandeira, na prática o que se viu foi diferente, vez que existiam diferentes representações da bandeira em diferentes lugares, o que gerava uma enorme confusão para a população que se perguntava: Qual a verdadeira bandeira de Salvador?

   Foi justamente com o intuito patriótico: determinar definitivamente o símbolo da cidade, que através de pesquisa no Arquivo Público Municipal, busquei o projeto de lei supra citado, onde indicava que deveria ser a “Bandeira de seda azul – em formato quadrado – pomba de prata estendida – com um ramo de oliva verde no   bico – unhada e sancada de vermelho – fita azul de seda pendente da haste ostentando de um lado o nome da cidade e do outro a legenda sendo ambas as inscrições em prata”.

    É importante ressaltar que o Brasil não possui tradição em bandeiras quadradas, e a utilização de seda na confecção não seria apropriado ao uso externo, que exige um material de maior durabilidade. Além do que, cita a bandeira ser azul, sem, no entanto, determinar qual o tom de azul a ser utilizado.

   Com isso, autorizada pelo então presidente da Câmara Valdenor Cardoso, orientei um design gráfico a criar a versão definitiva da bandeira de Salvador, para assim apresentá-la como uma proposta de bandeira viável, que pudesse ser facilmente padronizada, representada da seguinte forma:

           


Bandeira azul royal – pomba branca estendida – com um ramo de oliva verde no bico – unhada e sancada de vermelho – em baixo flâmula branca com a divisa preta em latim: SIC ILLA AD ARCAM REVERSA EST (Assim ela tornou para à Arca).

     A modificação ao projeto de lei existente foi aprovado em Plenário e sancionado pelo prefeito João Henrique, sendo instituída pela LEI Nº 7.086/2006

Alessandra Petitinga Durães
 

Sobre a autora:
                         Alessandra Petitinga Durães é Bacharel em História pela UFBA, Especialista em Gestão de pessoas pela UNEB, atuando também como Analista de Mídias Sociais com foco em Marketing Politico, Marketing Digital e os desafios da geração Y e sua integração com redes sociais.







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